29/10 – Dia Mundial do AVC: minutos podem salvar vidas

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O dia 29/10 é uma data para alertar a população sobre a gravidade do AVC (Acidente Vascular Cerebral), um mal súbito que neste ano voltou a ser a principal causa de morte no Brasil, segundo dados da Rede Brasil AVC, membro da World Stroke Organization.

Mais de 100 mil brasileiros perdem a vida anualmente devido ao AVC, sendo que no primeiro semestre deste ano, tivemos cerca 56.000 óbitos. E além dos óbitos, as sequelas que ficam, como perda de memória, de fala, deglutição (mastigar e engolir alimentos), paralisia facial, desequilíbrio, entre outras, são fatores que limitam as pessoas de retomarem suas rotinas.

Mundialmente, os dados relacionados ao AVC são preocupantes:

– uma morte a cada 6 segundos no mundo;

– a cada 4 pessoas, 1 sofrerá AVC em algum momento da vida;

– a doença pode ocorrer com qualquer pessoa em qualquer idade.

Você sabia?

Existem dois tipos de AVC: o isquêmico, quando há obstrução de uma artéria impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais; e o hemorrágico, quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia.

A campanha mundial deste ano, apoiada pela Sociedade Brasileira de AVC e outras entidades, traz como tema “Aprenda os sinais de um AVC – Ganhe #tempoprecioso”. A proposta é aumentar a conscientização sobre os sinais de reconhecimento de AVC e os benefícios do acesso oportuno a cuidados médicos de emergência.

Como reconhecer um AVC? 

É fundamental agir rápido ao reconhecer os sinais de um possível AVC. Cada minuto conta e pode salvar vidas, preservando memória, movimento, fala e assegurando qualidade de vida após o acometimento da doença.

Depois do AVC: alterações emocionais

Estudos recentes mostram que no pós-AVC, problemas psicológicos e emocionais podem atrapalhar a recuperação do paciente, afetando sua vida diária, sua autoestima e o convívio com outras pessoas. Os mais comuns são: depressão, impulsividade, reações catastróficas e labilidade emocional (choro repentino, raiva, agressividade, riso incontrolável) e ansiedade.

AVC no Risoleta

Desde 2008, a Unidade de AVC do Risoleta é referência para o tratamento da população de Belo Horizonte e municípios vizinhos, contando com 18 leitos dedicados ao atendimento de pacientes com AVC agudo.

Maria da Glória Silva, presidente do Conselho Local de Saúde do Risoleta e moradora do bairro Lagoa (em Venda Nova), teve AVC este ano foi atendida aqui no Hospital. Ela permaneceu internada por oito dias na ala de AVC.

Dona Glória
Maria da Glória Silva

“Comecei sentindo vontade de vomitar, fiquei falando tudo muito embolado. Tomei bicarbonato de sódio e não passou. Vim logo para o Hospital e já comecei a tomar medicação. Depois de oito meses ainda tenho algumas sequelas, muita fraqueza, mas já consigo fazer algumas coisas sozinha. Faço fisioterapia em casa, continuo com os medicamentos e sempre faço exames. Ainda tenho queimação no braço. Não foi fácil, viu!”, conta ela.

Em média, são atendidos 650 novos pacientes por ano na Unidade de AVC. E no Ambulatório de Egressos, em função da doença, cerca de 50 usuários são acompanhados mensalmente.

 

Relembre a matéria produzida pela TV UFMG sobre a Unidade de AVC do Risoleta com o Dr. Fidel Meira, neurologista e membro da equipe!

Este post tem um comentário

  1. Roseli

    Boa explicação!

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