As ferramentas de gestão auxiliam nos processos de trabalho, aprimoram os fluxos e trazem benefícios para as equipes e para o serviço prestado à população. No Risoleta, essas ferramentas seguem os preceitos do Planejamento Estratégico do Hospital e promovem resultados expressivos, no ambiente, nos trabalhadores e no atendimento aos usuários.

Projeto Lean

O Risoleta é um dos 40 hospitais participantes do 4ª ciclo do Lean nas Emergências

O que é

Projeto do Ministério da Saúde implementado pelo Hospital Sírio Libanês para reduzir a superlotação nas urgências/emergências de hospitais públicos e filantrópicos. A Metodologia Lean utiliza princípios e técnicas para reduzir o desperdício de recursos, melhorar a qualidade e maximizar o valor entregue ao cliente. As ações se baseiam principalmente na redução de 7 desperdícios: falta de qualidade, tempo de espera, estoques de materiais, movimentação de pessoas, transporte, processos desnecessários e superprodução.

Nas rodadas anteriores, os hospitais apresentaram redução média de 43% da superlotação, sem reduzir o número de atendimentos.

“Esta é uma grande chance de aprimorarmos a assistência no Risoleta com ferramentas já utilizadas em outras portas de urgência em todo o Brasil. Ensaiamos em momentos anteriores, mas agora teremos mais consistência com a consultoria do Sírio Libanês. Podemos agregar muito valor aos pacientes e também aos trabalhadores que dão vida a esta Instituição. E vamos!”
Mônica Costa, diretora técnica assistencial

Etapas

1) Seleção dos hospitais participantes 
2) Treinamento inicial da equipe Risoleta pelo Sírio Libanês 
3) Intervenção – durante 6 meses, uma dupla de profissionais do Hospital Sírio Libanês (médico e especialista de processos) realiza visitas para capacitar as equipes, identificar oportunidades e implementar ações de melhoria por meio de ferramentas Lean 
4) Acompanhamento dos resultados por equipe de controle do projeto, por 12 meses, para garantir a manutenção a longo prazo.

Expectativas

O Projeto Leanvai está alterando os fluxos do Pronto-Socorro e da Maternidade. Veja as expectativas de líderes desses setores:

“A implementação do projeto na Instituição é um desafio que requer mobilização integral da equipe multidisciplinar e assistencial. Esse desafio é enorme, mas estamos convictos que a filosofia Lean agregará melhorias aos processos do Risoleta, e, sem dúvidas, benefícios aos pacientes.”
Diogo Tadeu Honório Corrêa – médico clínico

“Podemos, em equipe, avançar ainda mais na organização do trabalho e qualidade assistencial no Risoleta, usando as estratégias do Lean. E para alcançar bons resultados, precisamos do envolvimento de todos os trabalhadores.”
Lucas Viana Coimbra – coordenador médico do Pronto Socorro

“Por promover uma reorganização do processo de trabalho e maior integração entre todos os setores e profissionais das diversas categorias, o Projeto Lean otimizará o uso dos leitos da Maternidade, possibilitando aumento da capacidade operacional, com ampliação do número de partos e redução das transferências de gestantes em trabalho de parto. Trará mais qualidade e segurança ao parto e nascimento.”
Patrícia Magalhães, coordenadora médica da Maternidade

“Em um primeiro momento, enxergo que o Lean trará importantes contribuições na organização dos processos e também em economia financeira e de tempo. A segurança para as pacientes e a otimização dos leitos são importantes focos de atenção para nós da Maternidade. Creio que depois trará também avanços em relação aos nossos indicadores.”
Rosângela Lima, coordenadora de Enfermagem da Maternidade

Confira aqui o vídeo “Lean em desenvolvimento no Risoleta”! 

Equipe do Risoleta em uma das reuniões do Lean em fevereiro de de 2020

Núcleo Interno de Regulação (NIR)

O Núcleo Interno de Regulação (NIR), criado em 2018, tem a missão de melhorar o giro de leitos para diminuição da superlotação e mais acesso aos atendimentos pela população. O setor vem acompanhando o tempo de internação dos pacientes e buscando alternativas para a disponibilidade de leitos, além de garantir a regulação do acesso a todos os recursos diagnósticos e terapêuticos da capacidade hospitalar instalada.

O NIR possui importantes atribuições, como:  

Grupos de Diagnósticos Relacionados (DRG)

O que é?

O DRG (tradução da sigla em inglês: Grupos de Diagnósticos Relacionados) é um sistema que foi criado para melhorar a qualidade da assistência e evitar os desperdícios de gastos nos serviços de saúde.

A ferramenta foi desenvolvida nos Estados Unidos, na década de 1960 e ao longo de sua evolução foi adaptada para ser utilizado em outros países, inclusive no Brasil. É importante destacar que o DRG considera as características da população e da estrutura de serviços de saúde brasileiras, propondo melhorias adequadas à nossa realidade.

Na rede SUS-BH, o DRG é conduzido pelo Grupo de Inovação em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA/BH). O projeto teve início em setembro de 2017 e, além do Risoleta, o sistema está implantado nos Hospitais Metropolitano Odilon Behrens, Santa Casa, São Francisco, Hospital Universitário Ciências Médicas, Metropolitano Dr. Célio de Castro e a Maternidade Sofia Feldman.

Equipe

O trabalho do DRG no Risoleta é desenvolvido por enfermeiros:

– Amanda Almeida de Moraes (Linha de Cuidado Intensivo e Pronto-Socorro)
– Helen Cristina Neves Corrêa Prates (Linha de Cuidado Clínico e SADT)
– Juliana Cristina de Souza (Linha de Cuidado Materno-Infantil)
– Lidiante Naiara Teixeira (Linha de Cuidado Cirúrgico e Bloco Cirúrgico)

A equipe é coordenada por Mônica Costa, diretora técnico-assistencial, e Karla Neiva, gerente de Enfermagem.

Para discussão de casos e melhor definição de informações, há as referências médicas: Maria Leonor Ribeiro (Coordenadora da Linha de Cuidado Cirúrgico), Érica Campos (Coordenadora da Linha de Cuidado Clínico) e Simony Gonçalves (SCIH).

Como o DRG funciona?

O sistema DRG faz uma classificação dos pacientes internados no hospital em grupos específicos de acordo com suas condições clínicas (motivo de internação, estado prévio de saúde, entre outros) e o nível de utilização de serviços assistenciais conforme o seu estado de gravidade (realização de procedimentos invasivos, cirurgias, internação em CTI, uso de ventilação mecânica, entre outros). Além destes dados, também é analisado se houve algum evento não esperado na internação e que poderia ter sido prevenido; estas situações são chamadas de condições adquiridas e são importantes para indicar pontos de melhoria na qualidade dos serviços do hospital.

A classificação do DRG é feita a partir da análise das informações do prontuário dos pacientes e o lançamento destes dados no sistema, utilizando códigos específicos da área da saúde, como por exemplo, os códigos CID-10 e de procedimentos do SUS. Todo este processo de análise do prontuário e lançamento no sistema para gerar um DRG é chamado de codificação.

Cada grupo de DRG é um “pacote” que trás informações do que é esperado na internação do paciente, incluindo os recursos e o tempo médio de cada internação. Desta forma, com todas as informações lançadas no sistema, criamos um banco de dados que mostra o perfil dos pacientes atendidos no hospital. Portanto, o resultado da codificação informa o nível de complexidade dos pacientes internados no hospital e também quais recursos foram utilizados em seu tratamento.

Todas estas informações são essenciais para a gestão do hospital, pois auxilia na melhoria da organização dos serviços ofertados, na distribuição de recursos e definição de prioridades de ações na instituição. Portanto, por meio do DRG buscamos construir um cuidado centrado nas necessidades dos pacientes, integrando as famílias e toda a equipe multiprofissional, prestando um atendimento de qualidade, com foco na experiência, segurança de todos os usuários e na melhoria contínua da assistência prestada pelo Risoleta.