Somos um Hospital de Ensino, 100% SUS, em uma região de grande vulnerabilidade social, com Pronto-Socorro e Maternidade porta aberta 24 horas por dia. Tudo isso torna a prática da Medicina única nesta Instituição. Neste Dia do Médico (18/10), escolhemos dois profissionais para representar a categoria e, a partir de suas vivências, nos contar como é integrar o corpo clínico do Risoleta.
A cada um dos mais de 500 médicos que atuam na equipe, muito obrigado!
Dr. Wilson Abrantes, cirurgião geral e professor convidado da Faculdade de Medicina da UFMG, formou-se em 1956, atuou por 44 anos no Hospital João XXIII e está há 14 anos no Risoleta. Declara-se um entusiasta do ato de ensinar. Acompanhou o fortalecimento do Risoleta com a regionalização do Trauma e, ainda hoje, é visto pelos corredores do Hospital compartilhando o que sabe.
“O Risoleta se fortaleceu no enfrentamento crescente ao Trauma. Naquela época, era necessário implantar hospitais nos pontos cardiais da cidade, colocando o acidentado próximo da fonte tratadora para evitar perda de tempo. Atualmente, com o entusiasmo dos preceptores, o Risoleta caminha para ser um centro formador de ‘médicos da emergência’, e como um Hospital de Trauma, mantém sua porta aberta, sem restrições. No Trauma, a vida fica muito próxima da morte e, em segundos ou minutos, você tem a possibilidade de salvar um paciente. Na despedida da alta, a emoção é de ambos, quem cuidou e quem recebeu cuidados, e muitas vezes o agradecimento sincero vem entre lágrimas. O Risoleta é frequentado por jovens sedentos por aprender e repletos de sonhos. Os médicos mais experientes precisam de atualização e, consequentemente, de novos aprendizados. Trabalhar em um Hospital com essas características é conviver diariamente com a essência da Medicina: salvar vidas e ensinar.”
Dra. Érica Araújo formou-se em 2005 e atua no Risoleta há seis anos. Foi profissional horizontal e, por suas habilidades e competências, tornou-se gerente médica da Linha do Cuidado Clínico (2021). Tem aprendido com o desafio diário de liderar equipes utilizando seus conhecimentos e muita sensibilidade.
“Para mim, ser médica no Risoleta é uma grande oportunidade e a realização de um sonho por poder ajudar essa população que tanto precisa de nós. Integrar o corpo clínico aqui nos desafia o tempo todo. Temos na faculdade uma formação muito técnica que não nos prepara para essa realidade que encontramos em um Hospital Geral, e é na prática que de fato aprendemos. É um exercício de olhar para o outro, de identificar fragilidades e colocar o paciente sempre em primeiro lugar. É uma profissão vocacionada e você precisa ter isso em mente, você estará a serviço do outro, vai abnegar muito e é essencial priorizar o problema do outro. Os desafios são constantes, por isso é preciso acreditar na ciência, estudar e se dedicar. Diariamente eu tenho a sensação de dever cumprido. É uma profissão maravilhosa e exercê-la no Risoleta, pelo perfil do Hospital e dos usuários que atendemos, torna tudo ainda mais intenso.”
