Sexta-feira, dia 19/03/2021, 15 horas. Segunda onda da covid-19.
O Cecovid do Risoleta estava lotado e sem nenhum ponto para conectar mais oxigênio. Todos os cilindros portáteis do Hospital foram remanejados e ainda assim eram insuficientes. O que parecia impossível aconteceu: em menos de oito horas a recepção do setor foi estruturada para abrigar seis leitos com oxigênio para pacientes com covid-19 em estado grave (e, no momento mais crítico, o local recebeu dez pacientes).
Essa foi uma das várias situações dramáticas vividas por nossos trabalhadores na pandemia da covid-19.

+ de 17 mil atendimentos foram realizados no Cecovid até setembro deste ano. Nos bastidores foram muitos os exemplos de superação.
Confira alguns relatos por Karla:

“Estávamos em um setor muito cheio e, de repente, recebíamos mais pacientes com demanda de oxigênio, atendimento de urgência e emergência, e isso exigia demais da equipe. Todos ali estavam acostumados com a porta aberta, com paciente grave, mas essa imprevisibilidade era extremamente desafiadora.”

“Havia um pensamento coletivo de ‘quem vai ser o próximo a se infectar?’. Todo mundo dando o seu melhor, mas com receio de adoecer. A pressão provocada pelo volume de atendimento junto com o risco de contaminação foi muito difícil.”

“A estrutura original do Cecovid não era adequada para paciente crítico. Mas a parceria da equipe multiprofissional fez toda a diferença e, contornando a dificuldade em termos estruturais, tivemos grandes facilitadores. A Fisioterapia e equipe da Anestesia estavam a postos para ajudar nas intubações e nos cuidados com pacientes mais graves. Os setores de internação, tanto enfermaria quanto CTI, se dispuseram a buscar alguns pacientes para internar porque não tínhamos condição de subir com eles em função do volume da porta. Outra grande ajuda foi para a gestão de caso com apoio técnico: tínhamos um time disponível para discussão que dava uma sustentação para a equipe que estava lá. E um grande aliado foi o NIR que se dedicou à gestão de ocupação de leitos para alívio da equipe assistencial que pôde ficar focada no atendimento ao usuário.”
Essas superações são motivo de orgulho para todo o time Risoleta. E, para reforçar a nobre missão da equipe do Cecovid, compartilhamos dados de março de 2020 a setembro de 2021.


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