Reabilitação de usuários trabalhadores: importante atuação do Risoleta

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Entre os diversos perfis de pacientes do Risoleta, a maioria são trabalhadores. Do total de atendimentos realizados nos últimos 3 anos (2017-2019), 80 mil pessoas  informaram no ato do cadastro ter um trabalho (formal, informal ou autônomo) e idade entre 16 e 60 anos – o que representa 60% dos usuários desse período.

Entre os motivos que levam trabalhadores ao Hospital destacam-se os acidentes durante o exercício da atividade profissional, em especial na construção civil e nos serviços de entregas rápidas, que demandam principalmente a atuação das equipes de Cirurgia Plástica, Ortopedia e Clínica Médica. “Em casos envolvendo motos, geralmente o paciente precisa de socorro imediato e, mesmo se tratando de acidentes envolvendo muitas pessoas e uma gravidade maior, é mais fácil fechar o diagnóstico. Nos casos de trabalhadores da construção civil, muitas vezes o paciente não se dá conta da lesão porque deriva de uma sobrecarga de esforço”, explica a coordenadora de Enfermagem do Pronto-Socorro, Karla Neiva.

Um desafio constante nos atendimentos são as enfermidades tardias ligadas ao trabalho, como problemas relacionados a um sobre esforço com objetos pesados. “Nesses casos, o paciente tem dificuldade de evidenciar a dor como algo agudo, diferente da fadiga muscular que ele normalmente sente, e só procura atendimento muito tempo depois do evento que originou a lesão. Aí, o processo de investigação diagnóstica é mais difícil e impacta até mesmo para a orientação de uma conduta mais precisa”, explica Karla.

A equipe de Psicologia também recebe constantemente casos de pacientes cujo foco do atendimento é algum problema relacionado ao trabalho. “Muitos usuários relatam sentir dores no peito, com suspeita de ataque cardíaco, mas que, posteriormente, conseguimos evidenciar como surtos de pânico ou ansiedade. Nosso papel é tratar esse caso agudo do trabalhador e depois encaminhá-lo para o atendimento na Rede do SUS”, informa a coordenadora da Psicologia do Hospital, Michelle Silva.

O médico coordenador de plantão do Pronto-Socorro, Dr. Martinho Menezes, alerta ainda para a gravidade dos acidentes com risco iminente de morte: “cerca de 20% das ocorrências de acidentes de trabalho são casos mais graves, ligados a amputações traumáticas e traumatismos crânio-encefálicos ocorridos no exercício da atividade profissional”. Essa informação é confirmada pelo enfermeiro da Ortopedia Rafael Mourão, que tem como rotina o atendimento a traumas, fraturas e lesões. “Os casos quase sempre estão ligados a alguma conduta arriscada durante a função exercida. Em 2019, atendemos do Risoleta 180 casos ligados a acidentes de trabalho, 58 deles envolvendo motociclistas que exerciam o ofício de entregadores ou motoboys”, completa.

Para Rafael, tão importante quanto o primeiro atendimento é a reabilitação e posterior reinserção social que o Risoleta oferece com muita qualidade por meio do Ambulatório de egressos. “Nosso indicador de reabilitação beira 100%. O trabalho da equipe multiprofissional no Ambulatório, que envolve enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, médicos da cirurgia geral, vascular, plástica e neuro, dura em média de 3 a 4 meses e só termina quando o paciente volta a executar as atividades que exercia antes do acidente”, afirma o enfermeiro.

O Risoleta

Referência para o Eixo Norte de Belo Horizonte e Região Metropolitana, o Risoleta é um Hospital porta-aberta, referência para mais de 1,1 milhão de pessoas. Em 2019, houve:

Mais de 50 mil atendimentos de urgência/emergência e cerca de 14 mil internações no Pronto-Soc

35 mil consultas no Ambulatório de egressos;

Aproximadamente 5,5 mil cirurgias;

Mais de 100 pessoas beneficiadas graças aos órgãos doados de pacientes que vieram a óbito por intermédio da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante.

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