Você sabia que um trabalho realizado em nosso Hospital foi classificado com destaque entre os 15 melhores em um congresso em Genebra/Suíça (ICPIC 2023 – International Conference on Prevention & Infection Control), em setembro, na categoria de inovações em limpeza e desinfecções de superfície integrada?
O trabalho apresentado pela dra. Edna Marilea Leite, Coordenadora do Serviço de Infecções do Hospital (SCI), abordou uma estratégia simples para países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, com poucos recursos: o mutirão de limpeza, realizado em nossa Instituição pelas equipes de Higienização e Limpeza (SHL) e Enfermagem sob a coordenação da SCI.
Contextualização
O controle de infecções é assunto antigo e as medidas para prevenir e evitar a disseminação das doenças infectocontagiosas ou favorecidas durante a internação em uma unidade de saúde – as IRAS (Infecção Relacionada à Assistência a Saúde) – baseavam-se no observacional e em situações de emergência.
Há tempos sabemos da necessidade de cuidados com o paciente, por meio da higiene de mãos e de técnicas de processos limpos e desenvolvimento tecnológico; da organização do ambiente; e do desenvolvimento de novos tratamentos.
“No Risoleta, após observações diretas e indiretas, vimos a necessidade de melhoria do ambiente para manter um programa efetivo de limpeza e desinfecção devido à sobrevida dos microrganismos no meio ambiente. Dentro da organização ambiental consideramos fatores como a superlotação, a qualidade do mobiliário, as superfícies fixas, a estrutura do edifício, o perfil socioeconômico dos pacientes e suas comorbidades, o quadro de profissionais e a complexidade dos atendimentos”, explica a dra. Edna.
Segundo ela, a equipe do Hospital começou pelo básico: conhecer o perfil epidemiológico comunitário e hospitalar e melhorar o controle da disseminação. Investiu-se em padronizar um novo produto de limpeza e desinfecção das superfícies, na integração entre os profissionais do SHL e da Enfermagem e em estratégias focando no perfil microbiológico.
“O movimento, que se iniciou oficialmente em 2018, consiste em um mutirão de limpeza mensal em cada unidade de internação, exceto na Maternidade e no Pronto-Socorro, que possuem características próprias e programações individualizadas”, afirma Edna.
O mutirão vem dando certo desde então, com resultados significativos na redução das taxas de disseminações de IRAS por microrganismos multirresistentes.
Parabenizamos todos os trabalhadores envolvidos no mutirão!
Clique aqui e acesse o trabalho apresentado em Genebra: “Mutirão de limpeza: desinfecção de superfícies integrada e o impacto no programa de controle a resistência antimicrobiana (RAM) no ambiente hospitalar, em países de baixa renda.”