O Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, foi celebrado pela primeira vez em 1971 e instituído no calendário nacional, por lei, em 2011. A data é também Dia Nacional de Zumbi. O objetivo é estimular a reflexão sobre o racismo no Brasil e a importância das origens africanas na formação do povo brasileiro.
Programação da Semana da Consciência Negra no Risoleta
Confira a exposição em formato de varal no caminho para o Refeitório.
Nela constam informações sobre o Dia da Consciência Negra, uma lista de expressões racistas que não devem ser reproduzidas, canais de denúncia e muito mais.
A FUMP ofertará um cardápio especial entre os dias 17 e 20 de novembro, com receitas que remetem à cultura negra.
Rodas de conversa sobre racismo:
17/11, quinta-feira, de 15h às 17h, no Auditório.
Convidados:
João Pio, mestre em Educação e atual superintendente de Política para a Promoção da Igualdade Racial/Prefeitura de Contagem.
Confira aqui a apresentação de João e suas indicações:
Filmes e Séries:
Pantera Negra II (2022)
A Mulher Rei (2022)
Sankofa – A África Que Te Habita (2020)
Da África aos EUA: Uma Jornada Gastronômica (2021)
Lucas Felipe, técnico em edificações do Risoleta e estudante de Direito na PUC Minas. Também conhecido como Lucking, é rapper e compositor. Em atividade desde 2013, também promove palestras e ensaios sobre Hip Hop.
Confira as indicações de Lucas:
Leituras:
O Quilombismo, Abdias Nascimento
O Genocídio do Negro Brasileiro, Abdias Nascimento
Racismo Estrutural, Silvio Almeida
Pequeno Manual Antirracista, Djamila Ribeiro
Legado Roubado, George G. M. James
Jacobinos Negros, C.R.L. James
Sente-se à Mesa do Sistema, Adam Araújo
Podcast “Mano a mano”
Mano Brown recebe Silvio Almeida
Mano Brown recebe Sueli Carneiro
18/11, sexta-feira, 10h às 12h, no Auditório.
Convidados:
Cristiano Rato, formado em Comunicação Social e co-fundador e editor da editora Caos & Letras
Confira aqui a apresentação de Cristiano.
Sarah Cássia Silva, apoio Administrativo da Coordenação médica do CTI do Risoleta e graduanda em Gestão de Serviços de Saúde (UFMG).
Confira aqui a apresentação de Sarah:
Indicação de leitura:
Quem tem medo do feminismo negro?, Djamila Ribeiro
Identificou uma situação de racismo?
O Risoleta é uma Instituição feita de pessoas para pessoas, que se pauta no respeito à vida e na valorização do ser humano no exercício da sua missão.
Conforme descrito no Manual de Conduta e Ética Institucional, não será admitida, em qualquer hipótese, ação ou manifestação que gere qualquer distinção, restrição ou exclusão em relação à cor, raça, etnia, cultura ou religião.
Ainda, não é tolerada qualquer forma de ameaça, abuso, assédio, além de brincadeiras e discussões desrespeitosas e preconceituosas.
Presenciou ou sofreu alguma situação que envolva racismo? Busque apoio na Ouvidoria (3º andar do Hospital, pelo ramal 3385 ou via e-mail ouvidoria@hrtn.fundep.ufmg.br).
Qualquer ação que fuja das orientações de conduta e ética do Risoleta será levada pela Ouvidoria ao Comitê de Conduta e Ética Institucional.
CURA
O CURA é O um dos maiores festivais de arte pública do Brasil e, em 2017, presenteou Belo Horizonte com seu primeiro circuito de pintura em empenas, criando o primeiro mirante de arte urbana do mundo. Da rua Sapucaí, é possível contemplar todas as obras realizadas no hipercentro, incluindo os murais mais altos pintados por mulheres na América Latina e a maior obra de arte pública realizada por uma artista indígena. Confira os artistas negros, de Belo Horizonte, selecionados pelo festival.


CRIOLA
Mineira de Belo Horizonte, Criola faz parte da nova geração de artistas urbanos brasileiros e conduz sua produção a partir de questões pautadas pelo seu universo feminino e pela busca da conexão com a sua ancestralidade. A paleta de cores vibrante usada em seus graffitis reflete a sua pesquisa de matrizes africanas. Graduada em Design de Moda pela Universidade Federal de Minas Gerais, Criola também lança mão do vestuário como linha de pesquisa.
No CURA, Criola pintou, em novembro de 2018, o mural Híbrida Astral – Guardiã Brasileira de 1365 m² quadrados na fachada cega do edifício Chiquito Lopes, materializando por meio da arte – segundo palavras da artista – um caminho interno de honra às mulheres e seu sangue sagrado, de honra aos povos originários brasileiros e seus descendentes como legítimos guardiões dos portais da espiritualidade que sustentam o nosso país.
Fonte: Criola – CURA


Davi De Melo Santos (DMS)
Davi De Melo Santos começou sua jornada em 1998, ano em que começou a pixar. Trajetória que se parece com a de muitos artistas urbanos do mundo todo. O grafiteiro começou pintando em sua cidade natal, Belo Horizonte, e hoje suas pinturas podem ser vistas no mundo todo. Na última década, colaborou junto a empresas e grandes marcas com ilustrações editoriais, design, ilustrações de livros, cenários para teatro e televisão, além de ter realizado exposições individuais e coletivas. Sua obra aborda grandes temas da questão humana como a diferença étnica e cultural e a espiritualidade.
No CURA, DMS pintou, em dezembro de 2017, o mural O Abraço, de 1.000 m², na fachada cega do edifício Príncipe de Gales, representando um abraço entre o dia e a noite.
Fonte: DMS – CURA


Lídia Viber
Artista autodidata, Lídia nasceu e cresceu em BH, na periferia do Alto Vera Cruz e Taquaril, e hoje reside no Rio de Janeiro. É referência em representatividade feminina no graffiti e muralismo contemporâneo, onde conquistou espaço por meio de sua expressão e atuação empoderadas de ocupação do espaço público e do seu trabalho construído em diferentes superfícies e diversas técnicas.
Lídia pintou, em setembro de 2020, o mural Retorno, de 652 m², na fachada cega do edifício Cartacho, que é uma metáfora de uma visita guiada ao universo da primeira infância, do desenvolvimento do indivíduo a partir dos padrões impostos em uma sociedade pela qual somos pré-configurados a ocupar caixas para nos sentirmos aceitos e amados.
Fonte: Lídia Viber – CURA


ZÉ D NILSON
Zé D Nilson, pedreiro de ofício, usa uma espátula para fazer seus murais e se refere a eles como “texturas”: nome da técnica que ele traz da construção civil para suas obras de arte carregadas de sentimento, originalidade e argamassa. O pedreiro artista, ou o artista pedreiro, ou simplesmente “aq cara” – forma como Nilson assina alguns de seus murais – nasceu no bairro Santa Tereza, em BH, na casa de uma família de turcos, que trouxe sua mãe do interior com apenas 12 anos de idade para trabalhar como empregada doméstica. Aos 4 anos de idade Zé D Nilson fica órfão e inicia, sem nenhuma referência familiar, sua trajetória por orfanatos de Belo Horizonte e Governador Valadares. Somente anos depois, já adulto, ele se instala no bairro Lagoinha e começa sua carreira como pedreiro.
Seu primeiro mural surge em um dia em que Zé sai pelas ruas da Lagoinha para espairecer e encontra um amigo dos tempos de orfanato morando sob os viadutos da região. Pra animá-lo, ele recolhe restos de tintas e materiais e de construção e faz, em uma pilastra do viaduto, um mural em sua homenagem. A obra em que se lê “Mamãe: Cher-Gay / o preconceito homenagem” levou a outros pedidos de retratos e homenagens e aí então Zé D Nilson inicia sua série de murais espalhados pelos viadutos da Lagoinha e casas e comércios da Pedreira Prado Lopes.
No CURA Lagoinha Zé D Nilson “texturizou” a fachada cega do edifício Novo Rio criando uma obra de 122m2 no mirante de arte urbana na Lagoinha.
Fonte: Zé D Nilson – CURA