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A desnutrição hospitalar é uma condição frequente e silenciosa que compromete a recuperação dos pacientes internados. Sua prevalência em adultos hospitalizados varia de 20% a 50% e pode atingir até 60% nos países latino-americanos já no momento da admissão hospitalar.

No Risoleta, em abril de 2025, 62,2% dos pacientes em acompanhamento nutricional apresentavam algum grau de desnutrição (leve, moderada ou grave) no momento da admissão. Esse dado reforça a importância do reconhecimento precoce e da atuação multiprofissional para mudar esse cenário.

A desnutrição impacta diretamente nos desfechos clínicos:

• Aumenta o risco de lesões por pressão;
• Piora a imunidade, elevando a chance de infecções;
• Retarda a cicatrização de feridas;
• Eleva a chance de complicações cirúrgicas;
• Está associada a maior risco de óbito hospitalar;
• Prolonga a internação em até 34%;
• Pode aumentar os custos hospitalares em até 38%.

O tempo de jejum antes do início do suporte nutricional está inversamente relacionado ao prognóstico do paciente – quanto mais cedo iniciarmos, melhores os resultados. Por isso, a identificação precoce e o manejo adequado são fatores decisivos na recuperação do paciente.

Aqui, são realizadas várias ações Multiprofissionais no Enfrentamento à Desnutrição Hospitalar. Conheça algumas delas:

Nutrição Clínica

• Realiza triagem nutricional dos pacientes na admissão.
• Monitora o jejum prolongado (>48h) e baixa aceitação alimentar.
• Evita dietas com múltiplas restrições que prejudicam a adesão ao planejamento alimentar.
• Realizar tripla checagem nas terapias nutricionais: prescrição, fórmula enteral e bomba de infusão.

Fonoaudiologia

• Avalia pacientes com disfagia, que apresentam como consequência a desnutrição e desidratação.
• Trabalha em conjunto com a Nutrição na adequação da consistência dos alimentos.

Fique atendo aos sinais de disfagia: engasgos, falta de ar, recusa ou fadiga ao comer.

Enfermagem

• Oferece as refeições e suplementos conforme prescrição, registrando a aceitação.
• Verifica prescrição e identificação da dieta enteral.
• Registro do volume de dieta infundido.
• Irriga a sonda com água antes e após medicamentos ou módulos.
• Realiza ações para evitar interrupções da infusão de nutrição enteral.
• Garante a oferta alimentar aos pacientes dependentes.

Farmácia

A administração de medicamentos nesses pacientes necessita de atenção, para evitar a alteração do efeito terapêutico, efeitos adversos, obstrução da sonda e suspensão do suporte nutricional.

FIQUE LIGADO! 

Os medicamentos que não podem ser triturados ou macerados possuem sinalização na observação da prescrição e identificados com a etiqueta ao lado. NÃO TRITURAR. 

Para verificar os dados sobre a compatibilidade de medicamentos via sonda, consulte a planilha “Matriz de informações sobre medicamentos para administração por sonda”.