Em junho, as equipes multidisciplinares do Risoleta participaram do “Curso de Capacitação de Tutor do Método Canguru na Atenção Hospitalar”, promovido pela Coordenação Geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde, com o objetivo de capacitar profissionais de saúde para serem multiplicadores da prática nas unidades neonatais do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em Minas Gerais, o Centro Estadual de Referência para o Método está no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que indicou o Risoleta para essa importante formação, que visa a qualificação de profissionais para implementar, acompanhar e avaliar a prática, formar tutores na multiplicação dos conhecimentos e a criação de Comitês institucionais.
“Da assistência neonatal teve a participação de profissionais da Terapia Ocupacional, Enfermagem e Fonoaudiologia. Além de conhecermos a Unidade do HC-UFMG, vivenciamos as atividades práticas, oficinas e palestras que abordaram temas fundamentais, como aleitamento materno, cuidados de rotina com o recém-nascido, posicionamento canguru e orientações sobre o protocolo de implantação do método na assistência neonatal. Essa experiência proporcionou uma conexão direta entre teoria e prática, reforçando o compromisso com a qualificação do cuidado centrado no bebê e na família”, conta Santuza Silva, terapeuta ocupacional da Maternidade do Risoleta.
Comitê do Método Canguru
Após a formação, que contou com a presença de especialistas e referências nacionais no Método Canguru, cada instituição deverá formar e fortalecer seu Comitê, para garantir a sustentabilidade da prática, a organização dos fluxos de cuidado e a integração da equipe multiprofissional.
“Nossa missão agora é organizar o nosso Comitê, que irá multiplicar os ensinamentos, acompanhar indicadores, discutir casos, entre outras ações, sempre melhorando a qualidade assistencial e os impactos na saúde dos bebês e suas famílias”, relata Santuza.
O Método Canguru
É estratégia de atenção perinatal que se estrutura em uma política pública de saúde, baseada na humanização do cuidado e no cuidado centrado na família. É voltado para a qualificação do cuidado neonatal, especialmente de recém-nascidos prematuros e/ou de baixo peso.
O método envolve ações que promovem o contato pele a pele, o fortalecimento do vínculo, o estímulo ao aleitamento materno, a participação ativa da família nos cuidados e a promoção do desenvolvimento neuropsicomotor, com foco na redução de agravos, na segurança e na integralidade do cuidado, desde a internação até o seguimento após a alta hospitalar.
