Atuar em um Pronto-Socorro porta aberta exige conhecimentos técnicos sólidos e flexibilidade para se adaptar a situações inesperadas. Ainda, é preciso ter inteligência emocional e saber trabalhar em equipe, somando as habilidades individuais às de profissionais de diferentes categorias.
As dinâmicas do dia a dia do PS se intensificam quando ocorre algum acidente com múltiplas vítimas ou uma tragédia de grande comoção social. Aproveitamos o aniversário de 25 anos do Risoleta para compartilhar, em áudio, o bastidor de situações emblemáticas contadas pelo dr. Arthur Guimarães (médico coordenador de plantão) e por Karla Neiva (gerente geral de Enfermagem).
Episódio 01
Episódio 02
Episódio 03
Alguns trechos desse bate-papo:

“Quando há uma situação envolvendo múltiplas vítimas vemos qual o cenário, o que temos na situação atual do Pronto-Socorro e quais são os movimentos para manter a assistência de todos que já estejam aqui dentro e para que quem esteja chegando seja atendido prontamente. É um movimento que mobiliza desde a portaria até a alta gestão do Hospital.”
Arthur Guimarães

“O Hospital se organizou e essa organização trouxe uma leveza para o momento quando somos acionados, porque sabemos o que fazer. A gente conversa, são reuniões rápidas, e definimos o que fazer. Isso é muito importante, porque juntos somos mais potentes para pensar, agilizar e tomar decisões.”
Karla Neiva

“A pandemia afetou o mundo inteiro. (...) O primeiro caso de suspeita de coronavírus que eu atendi aqui no Risoleta era uma moça de 27 anos que havia voltado de Dubai. Chegou com uma síndrome gripal, veio para cá, nós isolamos, ligamos para a turma do Eduardo de Menezes (que ficou como o primeiro hospital referência em Belo Horizonte) e transferimos para lá. (...) A gente foi buscando know-how, aprendendo como atendia, quais eram os protocolos necessários para esse atendimento do coronavírus. Tinham alguns médicos que ficavam na referência para a discussão de casos 24 horas.”
Arthur Guimarães

“O grande ensinamento que a pandemia trouxe foi a capacidade do trabalho em equipe multidisciplinar. O Risoleta se reinventou de acordo com a onda. A onda vinha, o perfil modificava, os pacientes ficavam mais graves e a gente foi se adaptando com o recurso que tinha, com o espaço que tinha, mas não temos uma história catastrófica para contar no sentido de que o paciente foi desassistido, de que não conseguimos ofertar oxigênio para o paciente. E isso não foi um trabalho de quem fazia a gestão do setor, isso foi um trabalho feito por muitos.”
Karla Neiva
Sabemos que muitos trabalhadores possuem histórias marcantes como essas. Caso você queira compartilhar alguma, entre em contato: (31) 3459-3282 / ascom@hrtn.fundep.ufmg.br