Setembro Amarelo: o valor do acolhimento na saúde mental

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Setembro Amarelo é o mês dedicado à prevenção do suicídio. A campanha, que teve início no Brasil em 2015, objetiva conscientizar a população a falar sobre o tema, promover ações de sensibilização e atividades que ajudem a evitar sua ocorrência.

Este ano, reforçamos na comunidade Risoleta a importância de sermos solidários em relação ao adoecimento mental, nos disponibilizarmos a acolher um colega de trabalho, familiar ou vizinho que esteja em sofrimento psíquico e ajudá-lo a buscar ajuda especializada.

Acolher é Atitude de Inclusão

O acolhimento é o ato de oferecer abrigo, hospitalidade ou refúgio. Em sua essência, acolher expressa uma ação de aproximação, um “estar com” e um “estar perto de” alguém, configurando uma atitude de inclusão. Isso implica estabelecer uma relação de cuidado e respeito com o outro.

Essa concepção de acolhimento é central na Política Nacional de Humanização do SUS e, por sermos uma unidade de saúde pública, precisamos praticar diariamente.

Acolhimento para trabalhadores

No Risoleta temos atendimentos aos trabalhadores por meio da Psicologia no Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho. Muitos casos estão relacionados a algum estágio de adoecimento mental. Nesses atendimentos, a psicóloga Carolina Pedrosa realiza um acolhimento inicial e direciona para a continuidade do cuidado externamente, sempre que necessário.

Esse serviço de acolhimento aos trabalhadores teve início em novembro de 2022 e, desde então, permanece ininterrupto – um diferencial oferecido por nosso Hospital.

Acolhimento aos pacientes

Outro diferencial do Risoleta diz respeito ao atendimento de usuários com sofrimento psíquico, como casos de Tentativa de Autoextermínio (TAE).

O serviço de Psicologia do Hospital integra a equipe multiprofissional nas Linhas de Cuidados assistenciais. Seus profissionais realizam triagens duas vezes ao dia no Pronto-Socorro para garantir uma resposta rápida e eficaz aos casos prioritários de Tentativa de Autoextermínio (TAE) e violência sexual. Em 2023, foram atendidos 530 casos de TAE, uma média de 44 acolhimentos por mês.

Esses atendimentos demandam uma escuta clínica aprofundada, envolvem o paciente, seus familiares e a rede de atendimento, e requerem uma negociação complexa para assegurar o cuidado contínuo no período pós-alta. O tempo médio de atendimento desses casos varia entre uma hora e meia a duas horas, exigindo abordagens repetidas e um intenso trabalho de construção de condutas de proteção interna e externa, em colaboração com as equipes de Medicina, Enfermagem, Serviço Social e Transporte, até a desospitalização segura. Para a alta os pacientes recebem um documento de encaminhamento, orientações sobre o cuidado contínuo com o apoio de uma figura de referência na comunidade e uma articulação feita pela equipe de Psicologia com os dispositivos responsáveis pela assistência em saúde mental no território, como centros de saúde, CAPS ou CERSAMs.

Caso você esteja com sinais de sofrimento (em qualquer nível), busque ajuda profissional (Psiquiatria e Psicologia). Permita-se ter um recomeço!

Onde buscar acolhimento externo:

Centro de Valorização da Vida – Disque 188 (ligação gratuita)

Grupo de Apoio Alô Vida – Ligue (31) 3444-1818 (ligação gratuita)

Serviços de referência em Saúde Mental da PBH – https://prefeitura.pbh.gov.br/saude/informacoes/atencao-a-saude/saude-mental/servicos-de-referencia-em-saude-mental 

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