O Risoleta foi convidado a participar da reunião ordinária do Conselho de Saúde da UPA Norte (UPA-N), dia 24/08/2023, que discutiu a falta de profissionais, a precariedade do serviço de transporte sanitário e a situação de pacientes classificados como “verde” na UPA x UBS.
Pelo nosso Hospital participaram Cristine Moraes, assessora de Planejamento e Gestão, e Michelle Vidigal, coordenadora do Núcleo Interno de Regulação. Também foram convidados o Conselho Distrital de Saúde Norte, o Conselho Municipal de Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde de BH, a Gerência de Urgência e Emergência (Geure), a Gerência de Atenção Primária e a Diretoria Regional de Saúde Norte.
A reunião foi conduzida pela presidente do Conselho de Saúde da UPA-N, Maria das Graças Nascimento. Na ocasião, o gerente interino da UPA-N, Breno Costa, apresentou as dificuldades relacionadas a problemas estruturais e de recursos humanos da unidade, e relativos à vulnerabilidade social na região. Ele destacou que a UPA é a que mais atende em BH, com cerca de 11 mil atendimentos/mês, sendo 70% desse volume de pacientes classificados como “verde” pelo de Protocolo de Manchester. Também relatou sobre o gargalo dos cuidados pediátricos na região e informou a retomada desses atendimentos na UPA-N, aos finais de semana, por profissionais generalistas capacitados pela Secretaria Municipal de Saúde de BH (SMSA-BH).
Além disso, mencionou a parceria com o Hospital Metropolitano Odilon Behrens para a transferência imediata dos casos pediátricos demandantes de internação hospitalar e ressaltou os dois grandes desafios da Rede: o transporte sanitário de pacientes da UPA, com a disponibilidade de ambulâncias insuficiente para a demanda, e a superlotação dos hospitais que impactam diretamente na transferência de pacientes da UPA.
Michelle Vidigal, representando o Risoleta, citou as dificuldades enfrentadas pelo único Hospital Geral com Pronto-Socorro na Região Norte de BH. Ela abordou a superlotação e mencionou as dificuldades de desospitalização de pacientes através da Emad (Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar), principalmente para os municípios vizinhos, e o gargalo relacionado às internações sociais (pacientes com condição de alta e que não têm um cuidador ou disponibilidade de vaga em instituição de longa permanência para acolhimento, permanecendo no Hospital).
Alysson Machado, representante da Geure, reconheceu as dificuldades enfrentadas pela Rede e informou sobre o apoio da Gerência aos hospitais e UPAs. Ele também citou as ações conduzidas, com destaque para a disponibilização de teleconsulta, em estudo pela SMSA-BH, para reduzir o número de pacientes “verdes” e “azuis” nos serviços de urgência.
O público pôde fazer perguntas aos convidados e uma ampla discussão foi iniciada. Espaços como esse são essenciais para a sugestão de ideias com foco no aprimoramento dos serviços e no avanço da saúde pública na região.
