Este mês o Risoleta abraça a campanha Dezembro Vermelho de conscientização pela prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas infectadas com o vírus HIV.
Somente no Brasil são atualmente mais de 920 mil pessoas vivendo com HIV, segundo o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde.
Dessas:
Não confunda: AIDS ≠ HIV
Formas de Transmissão
O vírus pode ser transmitido a outras pessoas por:
- relações sexuais desprotegidas – o uso de camisinha é essencial!
- compartilhamento de seringas contaminadas – certifique-se da biossegurança dos procedimentos cirúrgicos, tatuagens, etc.;
- de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não são tomadas as devidas medidas de prevenção.
É essencial se proteger em todas as situações e fazer regularmente o exame.
Assistência à comunidade Risoleta
No Hospital, todo caso de pessoa com HIV é notificado pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NUVEH) para verificar o processo saúde-doença na comunidade, fornecendo indicadores para suporte ao planejamento, à administração e avaliação das ações de saúde.
No período de janeiro/2020 a outubro/2021, foram realizados 319 atendimentos para casos de AIDs no Risoleta, conforme tabela abaixo. Desses, 28 receberam o diagnostico com o HIV/AIDS (primodiagnóstico).
- Do total de atendimentos, 87% evoluíram para alta.
- Comparando igualmente de janeiro a outubro nos dois anos, dos 23 diagnosticados no Hospital neste período, 13 foram em 2020 e 10 em 2021, representando uma queda de 23%.
Uma história longa e de destaque para a ciência brasileira
A Aids teve os primeiros casos no Brasil em 1983, há 38 anos. Muitas pessoas ainda associam a doença à forma como a mídia abordou casos de famosos que contraíram o vírus e morreram em decorrência das complicações, mesmo possuindo condições financeiras para o tratamento.
Hoje a realidade é outra. O governo brasileiro possui três polos de pesquisa sobre HIV em três capitais, entre elas Belo Horizonte. E os avanços de tratamento para a doença permitem que as pessoas tenham qualidade de vida mesmo com o vírus. Lembrando que o SUS garante medicação gratuita aos portadores da doença.
Verdadeiro e falso sobre o HIV
> Posso ser diagnosticado já com quadro de Aids. – VERDADEIRO
Se a pessoa se expôs ao vírus e não realizou o teste para saber da condição sorológica, é possível que descubra a infecção já em quadro avançado, ou seja, na condição de Aids. Por isso, o recomendado é realizar o exame regularmente, mesmo que não apresente sintomas.
> Descobri o HIV e não posso ser mãe de um bebê saudável. – FALSO
Durante o pré-natal, a mãe realiza exames para saber se vive com o HIV. Em caso de testagem positiva, o tratamento é iniciado de imediato para que se torne intransmissível durante o parto, seja ele natural ou cesárea.
> Quem vive com HIV e Aids pode beijar, abraçar e dividir itens pessoais. – VERDADEIRO
Não existe qualquer estudo médico que tenha comprovado a transmissão do vírus de uma pessoa para outra através de gestos de afetos, como beijos, abraços ou apertos de mão. Também não há comprovação científica de propagação do HIV por compartilhamento de itens como talheres, toalhas, roupas e demais objetos do gênero.