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A resistência aos antimicrobianos (RAM) é um problema de saúde pública mundial, considerada uma ameaça para a eficácia do tratamento de um número cada vez maior de infecções por microrganismos (vírus, bactérias, fungos e parasitas). A RAM ocorre quando esses microrganismos sofrem alterações ao serem expostos a antimicrobianos (antibióticos, antifúngicos, antivirais, antimaláricos ou anti-helmínticos), tanto na saúde humana como na produção animal, agrícola e no meio ambiente. Como resultado, os medicamentos podem se tornar ineficazes e as infecções persistem no corpo, dificultando o tratamento e aumentando o risco de propagação, a permanência hospitalar e os custos da assistência. Os microrganismos resistentes à maioria dos antimicrobianos são chamados de multi ou panresistentes.

Dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alertam que a cada ano 480 mil pessoas desenvolvem tuberculose multidroga resistente e a resistência aos medicamentos também está começando a complicar a luta contra o HIV e a malária.

E os alertas se multiplicam:

aa RAM aumenta o custo da atenção médica com permanências mais longas em hospitais, necessidade de cuidados mais intensivos e maior número de óbitos;

aa RAM está colocando em risco o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS);

aos patógenos multirresistentes são responsáveis ​​pelo aumento da morbimortalidade dos pacientes internados em hospitais;

amicrorganismos resistentes a antimicrobianos são encontrados em pessoas, animais, alimentos e no meio ambiente (água, solo e ar) e podem ser transmitidos entre pessoas e animais, mesmo a partir de alimentos de origem animal, e de pessoa para pessoa.

Vale lembrar!

As principais ações para a contenção da resistência antimicrobiana são: uso racional de antimicrobianos, educação comunitária, vigilância de resistências e infecções associadas à assistência à saúde e cumprimento da legislação sobre uso e dispensação de antimicrobianos.