20/03 – Dia Nacional da Atenção à Disfagia

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O Dia Nacional da Atenção à Disfagia é uma data essencial para conscientizar os profissionais de saúde e a população sobre esse distúrbio que afeta a deglutição, o trajeto que o alimento faz da boca até o estômago, podendo comprometer a saúde e a qualidade de vida das pessoas.

O nome é estranho, mas o problema é mais comum do que se imagina e pode afetar pessoas de todas as idades, desde recém-nascidos até idosos. As causas são múltiplas, como doenças neurológicas, sequelas de AVC e cânceres de cabeça e pescoço.

Entre os principais sintomas destacam-se:

Tosse e engasgo
Dor para engolir
Sensação de alimento parado na garganta ou no peito
Rubor e taquicardia ao alimentar-se
Falta de ar durante a alimentação

As pessoas com disfagia podem desenvolver desidratação, desnutrição, pneumonias repetidas, que pode levar à morte.

Cuidados

No ambiente hospitalar, especialmente em instituições do Sistema Único de Saúde (SUS), a identificação e o manejo adequado da disfagia são fundamentais para prevenir complicações graves, como desnutrição, desidratação e pneumonia aspirativa. Junte-se a isso, com a grande diversidade de pacientes atendidos, é essencial que haja uma abordagem multidisciplinar para garantir um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz para que a pessoa alimente-se com segurança.

No Risoleta, em especial nos leitos dedicados aos idosos frágeis, o quadro de disfagia é mais frequente devido à presbifagia, o envelhecimento usual das estruturas envolvidas na deglutição.

“Cerca de 25% dos idosos ativos, saudáveis e independentes já apresentam algum sintoma de alteração na deglutição, como dificuldade para engolir comprimidos, engasgos com saliva e líquidos. E nos idosos considerados frágeis, esse percentual varia de acordo com a doença, mas pode chegar a 70% dos pacientes”, alerta a Simone Vale, coordenadora da Equipe de Fonoaudiologia do Hospital.

O importante papel dos Fonoaudiólogos

A Fonoaudiologia tem um papel fundamental no tratamento da disfagia, sendo responsável pela avaliação, reabilitação e orientação dos pacientes e suas famílias. No Risoleta, a equipe de fonoaudiólogos contribui diretamente para a redução do tempo de internação, melhora da nutrição e qualidade de vida dos pacientes e, consequentemente, para a otimização dos recursos do SUS.

A Equipe atende em todo Hospital, tanto na internação adulto, quanto na Neonatologia (Maternidade). O maior índice de pacientes disfágicos está na Unidade de AVC e no setor de Cuidados Paliativos. Nesses setores, de cada 24 pacientes atendidos (leitos), 20 apresentam disfagia. E na UTI Neonatal, todos os bebês são atendidos pelos fonoaudiólogos para a habilitação da via oral.

Está difícil de engolir? Procure ajuda. O fonoaudiólogo é o profissional habilitado para fazer o diagnóstico da disfagia, orientar e tratar os distúrbios da deglutição. E, dependendo do quadro, outros profissionais, como nutricionista ou médico, também são importantes do tratamento”, explica Simone.

Atenção com as crianças

Em crianças, a disfagia pode estar associada à dificuldade de sucção, movimentação da língua, postura corporal inadequada, entre outros fatores, como a dificuldade de controlar o alimento dentro da boca e na mastigação, o que pode acarretar em atraso na introdução de alimentos sólidos e semissólidos.

“Em bebês, temos que ter atenção com engasgos, alteração na respiração durante a alimentação, choro ou grande irritabilidade quando estão comendo, recusa em se alimentar, vômitos frequentes, desidratação, perda de peso ou ganho de peso insuficiente para a idade”, alerta a fonoaudióloga.

Quer saber mais sobre o tema? Acesse a “Cartilha de Orientação Cuidados com a Pessoa com Disfagia”, da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA-BH).

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